sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Natália Dörr

Muito prazer, meu nome é Natália Dörr, tenho 22 anos, e atualmente me escondo (digo, moro) em Farroupilha, na Serra Gaúcha.
Para começar minha apresentação, talvez seja conveniente e auto-explicativo colocar essa frase com que me deparei há um tempinho atrás:
"Bem-aventurados o que aprenderam a ver, no mundo selvagem da natureza, algo para amar, algo com que se maravilhar, algo para reverenciar, pois encontraram a chave para uma fonte inesgotável de recreação e renovação". (Hugh B. Cott)
Ela simplesmente se encaixa perfeitamente na minha vida, já que eu entrei no curso de Ciências Biológicas da Unisinos seguindo minha paixão de criança. Desde pequena eu era insuportavelmente curiosa, e as esquisitices da natureza me encantavam mais que tudo. Hoje, eu realmente tenho uma fonte inesgotável de recreação, e sou muito feliz por isso.
Antes mesmo da Biologia, já fiz juntamente com o Ensino Médio o Ensino Técnico em Agropecuária. Sim, meus caros, lida do campo! Se precisarem de alguém para capinar e dirigir trator, eu... posso recomendar ótimos colegas! (risos) Brincadeiras à parte, nessa época meu futuro já foi sendo desenhado, tendo sido uma importante parte o fato de eu ter feito o estágio curricular em uma empresa de consultoria ambiental.
Já quando eu entrei na faculdade, todos os caminhos apontavam para a Ecologia. Ainda mais quando começaram as cadeiras de Bioestatística e Matemática Aplicada. Nossa, acreditei que tinha achado meu chão, porque tudo aquilo era simplesmente ótimo!
Mas eis que tal sentimento não durou muito tempo, quando me deparei com a Biologia Molecular. Meus sonhos de criança de viver no mato e ser guarda florestal foram pro espaço, e tudo que eu queria era o dogma central e as maluquices adjacentes. (Não que eu não continue amando uma expedição na mata, é claro!)
Flutuando entre essas áreas, a Microbiologia sempre foi algo que gostei bastante. Talvez por influência do meu pai, que desde que eu me conheço por gente me conta as histórias escabrosas das aulas de microbiologia que ele tinha na faculdade de Veterinária. E foi no meio dessa parafernalha toda que eu entrei no Laboratório de Microbiologia da Unisinos, e lá estou até hoje, trabalhando como bolsista de iniciação científica, orientada pela Dra. Lidia Mariana Fiuza. Eu estou trabalhando especificamente em uma linha de pesquisa que visa o screening de genes e a aplicação de proteínas Cry de Bacillus thuringiensis com potencialidade no manejo integrado de pragas do arroz irrigado. Essa simpática bactéria é conhecida mundialmente pela sua aplicabilidade entomopatogênica, mas a variedade de proteínas Cry (de crystal, já que elas são incluídas em um corpo cristalino dentro da célula bacteriana) codificadas por diferentes cepas é imensa, e a busca por variedades que tenham uma alta patogenicidade, mas mantenham a integridade do ecossistema, tem sido muito intensa.
Mas não pense que a Biologia Molecular ficou para trás. Ela certamente é o meu futuro muito próximo. Enquanto não a pratico por completo, gosto muito de ler a respeito, catar artigos, buscar informações e me manter atualizada sobre o assunto. Além dela, curto bastante Biologia Celular, Imunologia e Evolução, e provavelmente os posts que eu fizer aqui no Biologia em Ciência serão dentro dessas grandes áreas.
Aliás, deixe eu aproveitar a oportunidade e vender meu peixe particular. Desde 2009 eu mantenho o Tage des Glücks, um blog onde eu tento versar sobre as áreas da Ciência que eu mais gosto. Não deixe de fazer uma visitinha por lá também, e dar seu comentário, sugestão, etc. (Fim do intevalo comercial).
Voltando ao Biologia em Ciência... Acredito que a proposta do nosso blog em conjunto vai permitir a apresentação e explanação de assuntos bem diversos e complementares, justamente pelos interesses de cada um por agumas áreas específicas e singulares. E isso é o mais bacana de tudo, já que um entendimento verdadeiro da biologia em ciência se dá pela costura de "retalhos" de vários conhecimentos. Fora o pequeno detalhe de que somos grandes amigos também fora do ambiente on-line, então, fazer isso aqui vai ser uma diversão e tanto! Esperamos que assim seja para os queridos leitores também.
E faço minhas as palavras do Nando: conhecimento é para ser dispersado, não mantido encaixotado na academia. E para aqueles com preconceitos formados, quem vos fala é uma futura bióloga de jaleco!

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